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Tensão diplomática: Governo Trump sanciona esposa de Alexandre de Moraes

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 22 de set.
  • 2 min de leitura

Medida, baseada na Lei Magnitsky, acusa Viviane Barci de Moraes de ser 'facilitadora' de supostos abusos de direitos humanos

Brasil e Estados Unidos: Governo Trump Sanciona Esposa de Alexandre de Moraes e Aprofunda Crise com Judiciário Brasileiro
Ação é vista pelo Brasil como 'ingerência indevida' e ataque à soberania nacional — Crédito: GETTY IMAGES

Em um ato de forte escalada na tensão entre a administração de Donald Trump e as instituições brasileiras, o governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (22) a imposição de sanções contra a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.


A medida, que também atinge a empresa de advocacia da família, foi justificada com base na Lei Magnitsky Global, um mecanismo legal americano utilizado para punir indivíduos estrangeiros acusados de corrupção e violações de direitos humanos.


A decisão representa é mais duro golpe nas relações diplomáticas recentes e é amplamente interpretada como uma retaliação direta às ações do ministro Moraes no STF, especialmente aquelas que levaram à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, um notório aliado político de Donald Trump.


As Acusações Americanas


Em comunicado oficial, o Departamento do Tesouro dos EUA, liderado por Scott Bessent, acusou Alexandre de Moraes de conduzir uma "campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados". O governo americano alega que o ministro utiliza sua posição para "instrumentalizar os tribunais" e "suprimir a liberdade de expressão" de opositores políticos.


Neste contexto, Viviane Barci de Moraes é classificada como uma "facilitadora" das supostas "ações malignas" do marido, embora o comunicado não detalhe quais atos específicos ela teria cometido. As sanções implicam o congelamento de quaisquer ativos que ela possua nos EUA e a proibição de que cidadãos ou empresas americanas realizem transações financeiras com ela ou com o "Lex Instituto", sua empresa.


A Resposta Brasileira: "Ataque à Soberania"


A reação do governo brasileiro foi imediata e contundente. O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, emitiu uma nota de "profunda indignação", classificando as sanções como uma "tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros" e um ato hostil baseado em "inverdades".


"O Brasil não se curvará a mais essa agressão", declarou o Itamaraty, afirmando que a politização de instrumentos legais como a Lei Magnitsky abre um precedente perigoso nas relações internacionais. O próprio ministro Alexandre de Moraes afirmou que as sanções são "ilegais" e que não se sentirá intimidado, prometendo continuar a "cumprir a missão constitucional de julgar com independência e imparcialidade".


Um Conflito Anunciado


A medida não ocorre em um vácuo. Nos últimos meses, a pressão sobre o ministro Moraes vinda de aliados de Trump nos EUA tem aumentado. Um comitê da Câmara dos Representantes, de maioria republicana, já havia publicado um relatório criticando as decisões do magistrado, principalmente as relativas ao bloqueio de contas em redes sociais, que foram classificadas como censura.


Além das sanções contra a esposa de Moraes, o governo americano também suspendeu os vistos de entrada de outras autoridades brasileiras, incluindo o Advogado-Geral da União, Jorge Messias. O episódio marca um novo e preocupante capítulo na relação entre Brasil e Estados Unidos, onde a disputa política interna americana, alinhada a interesses de aliados no Brasil, transborda para a arena diplomática, desafiando a autonomia do Poder Judiciário brasileiro. Analistas internacionais observam com atenção os próximos passos, que podem levar a uma crise diplomática de consequências ainda imprevisíveis.

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