Ivete Sangalo é processada por foliã por danos morais e materiais durante carnaval

Ação envolve tumulto no Bloco Coruja em Salvador; vítima pede indenização de R$ 52,9 mil

A cantora Ivete Sangalo foi acionada na Justiça. Caso teria ocorrido no dia 10 de fevereiro, durante o Coruja | 071News - Divulgação AgNews

A cantora Ivete Sangalo está sendo processada em uma ação de indenização por danos morais e materiais, iniciada no dia 21 de março deste ano. O caso está relacionado a um tumulto ocorrido durante o Bloco Coruja, em Salvador, no Carnaval. As informações são da colunista Fabia Oliveira.

Segundo a autora da ação, ela e sua esposa foram "esmagadas" entre as grades de apoio do bloco, junto aos demais foliões, resultando em sufocamento e pânico. O incidente aconteceu no dia 10 de fevereiro, quando o casal foi ao Farol da Barra para participar do Bloco Coruja, após adquirir abadás pelo site oficial.

A autora relatou que chegaram ao ponto de concentração do bloco, no Largo do Farol da Barra, às 16h15, para a saída programada às 16h45. No entanto, houve um atraso de mais de três horas, o que levou à concentração de foliões de outros blocos, como Vumbora, Banda Eva, Psirico e Leo Santana, também atrasados.

Por volta das 19h30, Ivete Sangalo anunciou problemas técnicos, informando que Leo Santana passaria à frente. Isso gerou vaias dos foliões, que já estavam em um local extremamente cheio. A autora descreveu que o bloco do Nana começou a se mover em direção aos foliões, iniciando um tumulto.

Mesmo com pedidos para parar, a organização do bloco teria ignorado a situação de risco grave. Durante a confusão, uma adolescente de 14 anos desmaiou e foi pisoteada. O caos continuou quando o carro de apoio de Ivete Sangalo avançou, intensificando o sufocamento e o desespero dos foliões.

Após 30 minutos de pânico, os cordeiros cercaram o carro de apoio, mas a autora e sua esposa foram novamente esmagadas entre a corda e o carro. Ela relatou ter sido agredida com cotoveladas por um dos cordeiros, resultando em lesões no cotovelo e tórax. Por volta das 20h30, o casal deixou o local devido à falta de segurança.

A autora também afirmou que a produção não conseguiu conter a multidão, permitindo que pessoas sem abadá passassem pela corda, enquanto os organizadores se protegiam à frente dos seguranças, sem socorrer os foliões.

A mulher declarou que gastou R$ 2,4 mil em ingressos e abadás, além de despesas com hospedagem, passagem e transporte, para serem agredidas e correrem risco de morte. Após o caso, ela registrou um boletim de ocorrência.

No processo, ela pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil e R$ 2,9 mil pelos custos com ingressos e hospedagem, totalizando R$ 52,9 mil. Até o momento, Ivete Sangalo não apresentou defesa. A empresa Pau D’Arco Produções e Eventos Ltda. também foi acionada no processo, que está no Juizado Especial Cível da Comarca de Niterói, Região Oceânica, Rio de Janeiro.