EUA anunciam restrição a petroleiros ligados à Venezuela e ampliam tensão diplomática
- Redação

- há 4 horas
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Medida anunciada pelo presidente Donald Trump mira embarcações sob sanções e provoca reação do governo de Nicolás Maduro, que contesta legalidade da ação.

Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (16), em Washington, restrições à circulação de petroleiros ligados à exportação de petróleo da Venezuela, como parte de uma estratégia para aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.
A medida foi divulgada pelo presidente norte-americano Donald Trump e, segundo a Casa Branca, tem como alvo embarcações que operam sob sanções impostas pelos Estados Unidos. O objetivo, de acordo com autoridades norte-americanas, é dificultar o escoamento do petróleo venezuelano no mercado internacional, principal fonte de receita do país sul-americano.
Em pronunciamento, Trump afirmou que a decisão busca impedir que recursos provenientes da exportação de petróleo continuem financiando o governo de Maduro. O presidente também voltou a acusar o regime venezuelano de envolvimento com atividades ilícitas, como tráfico de drogas e violações de direitos humanos, justificando o endurecimento das ações.
Autoridades dos Estados Unidos destacaram que a iniciativa não representa um bloqueio naval amplo, mas uma fiscalização direcionada a navios já enquadrados em sanções. Ainda assim, a decisão ocorre em meio ao reforço da presença naval norte-americana no Caribe, o que elevou o nível de alerta diplomático na região.

Reação de Caracas
O governo da Venezuela reagiu às declarações classificando a medida como ilegal e contrária ao direito internacional. Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano afirmou que as restrições violam o princípio da livre navegação e representam uma ameaça à soberania do país.
Caracas também informou que avalia recorrer a organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), para contestar a legalidade da ação anunciada pelos Estados Unidos. O governo de Nicolás Maduro acusa Washington de tentar aprofundar o estrangulamento econômico do país por meios considerados coercitivos.
Impactos e cenário internacional
A Venezuela enfrenta uma crise econômica prolongada e depende fortemente da exportação de petróleo para obtenção de divisas. Analistas apontam que novas restrições à circulação de petroleiros podem agravar a situação financeira do país e dificultar negociações comerciais com parceiros internacionais.
No mercado global, o anúncio contribuiu para a elevação dos preços do petróleo, diante do receio de interrupções no fornecimento e do aumento das tensões geopolíticas no Caribe. Especialistas avaliam que, embora direcionada, a medida amplia o risco de instabilidade regional.
A escalada ocorre em um contexto de relações diplomáticas deterioradas entre Washington e Caracas e reforça o impasse em torno do futuro político e econômico da Venezuela, com possíveis reflexos para a América Latina e o mercado internacional de energia.









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