Dia da Biodiversidade alerta para perda urgente de espécies
- Redação

- 22 de mai.
- 2 min de leitura
Ciência global clama por ação imediata contra a crescente perda de espécies, essencial para a vida no planeta, com o Brasil como foco pela sua vasta biodiversidade

No dia 22 de maio, o Dia Internacional da Biodiversidade reacende o alerta global sobre a crescente perda de espécies e a urgência de preservar a riqueza biológica do planeta. A data, que marca a adoção da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) durante a Rio-92, busca conscientizar sobre a importância da variedade da vida na Terra em seus genes, espécies e ecossistemas.
A biodiversidade, que abrange desde microrganismos até grandes animais e seus habitats, sustenta serviços ecossistêmicos cruciais como a purificação do ar e da água, a polinização e a regulação do clima. O Brasil, detentor da maior biodiversidade do planeta, com cerca de 20% das espécies conhecidas, desempenha um papel estratégico nesse cenário, abrigando biomas essenciais para o equilíbrio ambiental global e a subsistência de povos indígenas e comunidades tradicionais.
No entanto, a ciência adverte para a forte pressão sobre essa riqueza biológica. Atividades humanas como desmatamento, agricultura intensiva, urbanização, poluição e mudanças climáticas são os principais vetores da perda de biodiversidade, que pode levar à extinção de cerca de um milhão de espécies nas próximas décadas, segundo a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). No Brasil, o avanço do desmatamento na Amazônia e no Cerrado é uma das maiores ameaças.
A biodiversidade varia significativamente entre regiões, com áreas tropicais apresentando uma riqueza muito maior de espécies em comparação com regiões temperadas e polares. Além disso, espécies endêmicas, exclusivas de certas áreas, são particularmente vulneráveis à extinção. Ambientes extremos também abrigam formas de vida únicas, com potencial para descobertas científicas importantes, como a bactéria Thermus aquaticus.
A perda de biodiversidade não se limita à extinção de espécies, mas também à diminuição da diversidade genética dentro das espécies e à degradação de ecossistemas inteiros. Estima-se que existam cerca de 10 milhões de espécies vivas, mas apenas uma pequena fração foi formalmente descrita, dificultando a compreensão completa da complexidade da vida na Terra.
Desde 2010, iniciativas globais buscam reverter essa tendência, com foco na identificação de áreas prioritárias para conservação e na implementação de políticas de preservação eficazes. O Dia Internacional da Biodiversidade serve como um lembrete crucial de que a manutenção dessa riqueza biológica é fundamental para a estabilidade dos ecossistemas, a segurança alimentar, a saúde humana e a economia global, exigindo ação coordenada para evitar consequências irreversíveis.









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