Cinema e Crítica com Leonardo Campos: a refilmagem de Natal Sangrento importa?
- Leonardo Campos

- há 23 minutos
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Do folclore europeu ao cinema de horror, o Natal revela um passado marcado por medo, punição e sombras que contrastam com a imagem festiva consagrada pelo cristianismo e pela mídia

Embora o Natal seja saturado de luzes e mensagens de benevolência, suas raízes mergulham em tradições ancestrais que celebravam o solstício de inverno como um período de vulnerabilidade espiritual. Em muitas culturas europeias, o encurtamento dos dias e o frio extremo eram vistos como o momento em que o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava mais fino, permitindo que entidades sombrias vagassem pela Terra. O folclore natalino, portanto, servia originalmente como um sistema de controle social e sobrevivência, onde o medo era tão presente quanto a esperança pelo retorno do sol. A figura mais icônica desse "lado B" é o Krampus, uma criatura antropomórfica, metade bode e metade demônio, que atua como o oposto sombrio de São Nicolau. Enquanto o santo recompensa os bons, o Krampus castiga as crianças malcriadas, chicoteando-as com varas de bétula ou carregando-as em um cesto para as profundezas do submundo.
De acordo com o National Geographic, essa tradição austro-germânica resgata o aspecto punitivo do inverno, lembrando que as ações negativas têm consequências físicas e espirituais imediatas. Além do Krampus, outros mitos povoam o imaginário macabro, como a Perchta, uma deusa do folclore alpino que vigiava quem trabalhava durante as festas; dizia-se que ela abria a barriga dos pecadores para preenchê-la com palha e pedras. Na Islândia, o terror assume a forma do Jólakötturinn, ou Gato de Natal, uma besta de enormes proporções, que devora qualquer pessoa que não tenha recebido roupas novas para vestir antes da véspera de Natal. Essas lendas reforçavam a importância da diligência e da caridade comunitária, punindo com a morte aqueles que falhassem em suas obrigações sociais.
Histórias de fantasmas também integravam uma tradição central da era vitoriana, popularizada por Charles Dickens, mas com raízes em contos de lareira, muito mais antigos e, por sua vez, sinistros. O período natalino era o momento ideal para narrativas sobre espíritos vingativos e presságios de morte, como a Caçada Selvagem, um exército de cavaleiros fantasmagóricos que cruzava os céus de inverno clamando almas. Entender esses mitos é reconhecer que o Natal nem sempre foi sobre consumo e alegria, mas sobre o respeito ao desconhecido e a necessidade humana de encontrar luz em meio às sombras mais profundas do ano. Assustador, não é mesmo? Completamente do ideal preconizado pelo cristianismo que, mesmo tendo tomado de empréstimos muitas tradições pagãs, pregam outra visão em relação ao período. No âmbito do cinema, a franquia Natal Sangrento é, ao lado do também clássico Noite do Terror, de Bob Clark, leituras curiosas e sombrias de uma época vendida completamente diferente pela mídia.
Em nosso ano que está na reta final, as salas de cinema do Brasil apresentaram ao público a possibilidade de assistir ao mais recente Natal Sangrento, o segundo retorno ao universo de Billy Chapman, antagonista que, por sua vez, também é vítima das circunstâncias que dominaram a sua vida. Antes de adentrar na análise, vamos relembrar o clássico de 1984, o ponto de partida para esse universo cinematográfico que mesmo sendo menos prestigiado que outros do subgênero slasher, insisti em retornar sempre com algo novo para nos contar?

Preparados? Vamos começar.
Baseado na história de São Nicolau, um homem bondoso que reza a lenda, distribuía moedas aos mais necessitados no século IV, o Papai Noel foi apropriado pelo capitalismo e ganhou essa imagem “vermelha” graças ao poder publicitário da Coca-Cola, uma das representações máximas da expansão territorial simbólica dos Estados Unidos ao redor do planeta. No imaginário natalino, o velhinho está associado, juntamente às suas renas, à distribuição de presentes enquanto as crianças estão dormindo. Em Natal Sangrento, o vermelho ganha novos significados: está associado ao derramamento de sangue na noite do dia 24 de dezembro. O gênero slasher sempre gostou de datas comemorativas: Sexta-Feira 13, Halloween: A Noite do Terror, Dia dos Namorados Macabro, dentre outros. As opções são variadas, mas nenhum se encaixa tão bem no período comemorativo como Natal Sangrento, produção que seguia a cartilha do horror dos anos 1980: sexo e assassinatos dosados com bastante equilíbrio. Mesmo que menos conhecido que as sagas de Jason, Freddy e Michael Myers, a composição visual do filme, bem como a direção e os diálogos extremamente divertidos não ficam devendo nada aos seus “colegas” de gênero, conseguindo inclusive ser superior em alguns aspectos.
O filme estreou no dia 09 de novembro de 1984, no mesmo dia que A Hora do Pesadelo, de Wes Craven, saindo, inclusive, na frente no que tange aos aspectos da bilheteria. O problema é que a sanha assassina de Freddy Krueger não parou e ficou por semanas em exibição, em detrimento do Papai Noel que ficou em cartaz por apenas seis dias, haja vista a pressão de alguns grupos da sociedade civil que viam no filme uma aberração contra os valores que os estadunidenses tanto amam. Apesar de proibido, a produção atiçou ainda mais a curiosidade dos amantes dos filmes de terror, o que de certa forma fez o filme sobreviver até à contemporaneidade. O roteiro assinado por Michael Mickey começa da seguinte forma: em 1971, a família Chapman vai visitar o “vovô” da família, um homem em estado catatônico que já se encontra internado há algum tempo. No caminho, o pequeno Billy (Jonathan Best) está folheando um livro de histórias natalinas e pergunta aos pais, Jim (Geoff Hansen) e Ellie (Tara Buckman) o horário da visita do Papai Noel. Os pais respondem que só depois que ele estiver dormindo.
Ao chegar no sanatório, Billy é deixado por alguns instantes com o seu avô. Logo, é surpreendido pelo idoso, que numa “pegada” Crazy Ralph (Sexta-Feira 13), diz que nessa noite algo de terrível está para acontecer e que o menino deve tomar cuidado com o Papai Noel. Eis o trauma nº 01. Os pais se aproximam, o avô volta ao estado anterior, imóvel, e o menino segue assustado com a família pela estrada, rumo aos eventos da noite que se aproxima. Paralelo ao acontecimento, um assaltante vestido de Papai Noel assalta uma loja e mata o atendente. Esse mesmo homem pede ajuda na estrada algum tempo depois aos integrantes da família Chapman, o que termina em tragédia. Billy assiste ao assassinato dos pais nas mãos de um homem que representa a imagem que ele tanto idolatrava: o Papai Noel. Eis o trauma nº 02.
O menino é enviado ao Lar de Órfãos Santa Maria. No local, vive a sua infância e adolescência sob os cuidados da tenebrosa Madre Superiora (Lilyan Chauvin), uma personagem calculada para ser odiada pelos espectadores. Ela condena o sexo, pregando constantemente a castidade, o que vai marcar a vida do menino Billy e do seu irmão, uma criança que ainda era um bebê quando os assassinatos na estrada destruíram a família Chapman. Eis o trauma nº 03. No orfanato, Billy tem apoio e carinho da irmã Margaret (Gilmer McCormick), uma mulher mais afetiva e com características mais próximas do que se entende por humanidade.
Os anos se passam e já adulto, Billy, agora interpretado por Danny Wagner, vai trabalhar numa loja de brinquedos. O rapaz parece ter superado os traumas e até possui uma paquera: Pamela (Toni Nero), uma moça bastante atenciosa. Tudo ia bem até chegar o Natal e o estabelecimento de uma situação desagradável: Billy é obrigado a se vestir de Papai Noel para fazer os atendimentos na loja. Trauma nº 01 + Trauma nº 02 + Trauma nº 03: some-os e tenha o resultado desta equação sanguinária. Um novo psicopata surge na história do cinema, desta vez, vestido da imagem do bondoso homem que distribui brinquedos nas noites natalinas.
Billy sai pelas ruas espalhado sangue e terror: as moças sexualmente libertas e os caras valentões? Pessoas que não se comportaram ao longo do ano? Indivíduos que cometem atos duvidosos que vão de encontro aos princípios da moral cristã? Não há escapatória: todos se tornam estatísticas nas mãos de Billy, um assassino criativo que sabe usar arcos, flechas, machados, facas, martelos, dentre outros utensílios pontiagudos. Natal Sangrento não possui nenhum aspecto surpreendente em termos de argumento. Uma pessoa traumatizada sai em busca de vingança (voluntária ou involuntária) como forma de expurgar o que lhe fizeram no passado. Já havíamos visto isso antes. O que o torna diferente dos demais é a coragem em se apropriar da figura do Papai Noel para a realização dos filmes, num ritual de dessacralização que custou bastante para a produção.
Logo depois, o filme ganhou uma refilmagem com algumas referências visuais, mas completamente equivocada, tanto nos aspectos dramáticos quanto nos elementos estéticos.
A refilmagem de 2012 de Natal Sangrento, dirigida por Steven C. Miller, é um slasher que funciona como uma reinterpretação moderna e violenta do controverso clássico de 1984, analisado anteriormente. A produção mantém a premissa central de um assassino vestido de Papai Noel, mas se distancia da narrativa de origem do assassino do filme ponto de partida, optando por uma abordagem mais direta e com maior foco na ação e na violência gráfica. A obra busca homenagear o gênero slasher e, embora não tenha tido uma recepção crítica universalmente aclamada, oferece um entretenimento divertido e descompromissado para os fãs do estilo. É a velha máxima: “é tão ruim que chega a ser bom”. O enredo do filme se passa em uma pequena cidade que está se preparando para as festividades de Natal, mas a atmosfera festiva é quebrada quando um assassino, vestido com uma roupa de Papai Noel, começa uma série de assassinatos brutais.
A trama segue a policial Aubrey Bradimore, que, junto com seu avô, o xerife Cooper, tenta desvendar a identidade do assassino e impedir o banho de sangue na véspera de Natal. O filme estabelece uma explicação lógica para as ações do assassino, conectando os crimes a um evento traumático do passado envolvendo abuso em um orfanato, o que serve de motivação para a matança, onde o assassino pune todos aqueles que ele considera como "malvados". Utilizando cortes bruscos e planos fechados para criar jumpscares eficazes, o filme é conhecido por ser mais sangrento que o seu ponto de partida de 1984, entregando a violência prometida pelo título. É estranho pra caramba e ainda consegue nos entediar em algumas passagens, mesmo com seu excesso de vulgaridade, algo que deveria ao menos divertir constantemente. Não é o que ocorre. São 94 minutos de estranheza e uma sensação intrigante de desperdício, afinal, uma releitura para 2012 poderia inserir uma série de reflexões sociais que deixaria o filme mais impactante, mesmo que suas mortes continuassem explicitamente sangrentas.

Mas, em 2025, o cineasta Mike P. Nelson nos entregou uma nova abordagem. A grande questão é? Será que o filme importa enquanto entretenimento e reflexão, ou apenas mais uma abordagem sanguinolento esvaziada de dramaticidade?
O enredo de Natal Sangrento em sua nova versão segue com mais proximidade a estrutura de 1984: a produção acompanha Billy Chapman, um jovem traumatizado que, aos cinco anos, presencia o assassinato de seus pais por um homem fantasiado de Papai Noel. No entanto, como podemos contemplar ao longo de seus 96 minutos, a narrativa dirigida por Mike P. Nelson é uma reimaginação do clássico slasher. O filme segue Billy, desta vez, interpretado por Rohan Campbell, um homem profundamente traumatizado após presenciar o mencionado assassinato de sua família. Com flashbacks entre a fase adulta e a sua infância traumática, nós acompanhamos ele operando como um psicopata vigilante vestido de Papai Noel. Billy vaga por cidades nevadas seguindo uma voz em sua cabeça, chamada Charlie, que o guia para punir aqueles que ele considera "maus".
Esse texto poderia ser uma análise dissociada das versões anteriores, mas ao longo do percurso, para responder ao próprio questionamento que fiz antes de adentrar na sessão em uma fria sala de cinema, traço uma jornada que observa o personagem de 2025 em associação com a sua versão de 1984. Nosso Billy atual é apresentado como uma figura no estilo Dexter, um assassino que foca em vítimas perversas, como agressores e neonazistas, uma figura ficcional guiada por um senso de moralidade, considerado pela ética, como distorcido, mas curiosamente defendido por muita gente, inclusive se adentrarmos nas redes sociais para conferir comentários mais interessantes que as próprias postagens sobre crimes ou punição de agentes da sociedade que cometem alguma atrocidade. O Billy anterior, igualmente complexo, mas acometido por um roteiro tecido com descuido, sofria de um surto psicótico completo. Induzido pelos traumas e, concomitantemente, pela repressão religiosa, ele saia matando de forma indiscriminada qualquer um que estivesse cometendo pecados, como sexo pré-conjugal, roubos, proferindo xingamentos, dentre outras atitudes contempladas como improprias em nossa sociedade.
Dessa vez, Natal Sangrento introduz um elemento sobrenatural ausente anteriormente. Billy ouve a voz de Charlie (dublado por Mark Acheson), descrito como seu "passageiro sombrio" ou mentor cósmico que o ajuda até em situações cotidianas, como entrevistas de emprego. Nós compreenderemos melhor essa conexão no desfecho que, em meu ponto de vista, é ousado, ideal para quem se presta a reescrever uma história, isto é, pegar o ponto de partida e transformar a história em algo novo. De volta ao anterior, a motivação de Billy era puramente psicológica, alimentada pelo trauma da infância e pelos abusos sofridos em um orfanato católico. Agora, o texto dramático traz a presença de um interesse romântico. Billy desenvolve um relacionamento com Pamela (Ruby Modine), uma funcionária de uma loja de decorações. Ela se torna sua aliada, e o filme explora a dinâmica de "comédia romântica de terror", onde o psicopata tenta conciliar sua vida de crimes com o desejo de recomeçar ao lado dela. Em 1984, não havia um par romântico central, pois o personagem era uma figura isolada e incapaz de estabelecer conexões sociais normais após o início de sua onde de crimes.
Outro ponto intrigante é a estrutura narrativa e o "Calendário do Advento". Na leitura contemporânea, Billy já começa o filme como um assassino experiente e itinerante, utilizando um calendário do advento macabro para coletar o sangue de suas vítimas e marcar seus crimes ao longo de dezembro. Na produção dos anos 1980, Natal Sangrento focava extensivamente na origem de Billy, mostrando sua infância, a vida no orfanato e o gatilho lento que o levou a explodir apenas no dia de Natal. E, para fecharmos a nossa caminhada, não podemos deixar de tratar do tom e do estilo visual. Desdobramento da Safra 1981 do Slasher, ano conhecido por lançar mais de 30 filmes do segmento, nas salas de cinema, todas sempre lotadas, independentemente das opiniões da crítica especializada, o público estava diante de um slasher tradicional, focado em uma atmosfera sombria, de repressão religiosa bem representada pelo design de produção, o que gerou grandes controvérsias e protestos na época de seu lançamento. As imagens da direção de fotografia, apesar de esteticamente inferiores ao filme mais atual, também eram eficientes.
A versão dirigida por Mike P. Nelson mescla fortes traços de violência gráfica com momentos de acidez humorística e sátira, uma "desconstrução" moderna do gênero, infelizmente, sem o mesmo apelo do público que outros filmes do subgênero, haja vista a sua rápida passagem pelas salas de cinema. Assim, Natal Sangrento apresenta-se como uma obra técnica vigorosa, sustentada por uma estética visual envolvente ao longo de seus 96 minutos de duração. A direção de fotografia de Nick Junkersfeld é um dos pilares dessa experiência, entregando imagens assertivas que capturam a dualidade entre o brilho festivo e a sombra do horror. O trabalho de câmera não apenas registra a ação, mas constrói uma atmosfera densa que mantém o espectador imerso na tensão constante da narrativa.
Complementando o apuro visual, o design de produção assinado por Oscar Fenoglio demonstra um cuidado meticuloso na construção do universo diegético. Os cenários são desenhados para evocar um realismo desconfortável, enquanto a direção de arte e os figurinos colaboram para uma coesão estética impecável. Cada detalhe visual parece planejado para reforçar a temática natalina subvertida, transformando ambientes comuns em palcos de um pesadelo estilizado. No campo dos efeitos práticos, a maquiagem de Doug Morrow merece destaque especial por sua execução visceral. O supervisor capricha nas mortes violentas, garantindo que o impacto gráfico seja tanto realista quanto perturbador, atendendo às expectativas dos fãs do gênero slasher. Esse trabalho de maquiagem é potencializado pela trilha sonora da dupla Blitz//Berlin, que cumpre com maestria sua função de acompanhar as imagens sombrias, ditando o ritmo emocional de cada confronto. É um filme cheio de camadas, mesmo com seu tema “absurdo”.
Ademais, a direção é do mesmo realizador que ousou reinventar a franquia Pânico na Floresta com o ousado Pânico na Floresta: A Fundação. Em Natal Sangrento, ele mantém sua assinatura de inovação, injetando uma nova energia em um conceito clássico. Sua habilidade em equilibrar o horror gráfico com uma condução narrativa firme demonstra uma maturidade artística que eleva o projeto para além de um simples remake ou sequência. O elenco também se sobressai ao entregar personagens construídos de forma crível, evitando os estereótipos vazios comuns ao subgênero. Ruby Modine oferece um desempenho dramático cativante, mais memorável, ganhando espaço com delicadeza e força conforme sua personagem emerge como a encarnação mais clara dos temas centrais do filme. Sua transição em cena é orgânica, se tornando o coração emocional em meio ao caos provocado pelo antagonista, panorama que dialoga muito com a violência interna que domina o seu comportamento.
Para alguns, um grande acerto. Para outros, um slasher corriqueiro. No final das contas, caro leitor, considerei o filme uma experiência intrigante. Confesso que fui ao cinema esperando o pior e sai da sessão com uma sensação de satisfação. Adentrar uma sala sem esperar nada e sair arrebatado é o ápice da experiência cinematográfica. Para um cinéfilo de longa tradição, como quem vos escreve, não há preço que pague o impacto de lidar com uma grande surpresa no escuro do cinema, principalmente nessa temível época de tentativa de extinção dos espectadores no coletivo em prol da hegemonia do streaming. É o prazer raro de ver o preconceito ser substituído pelo mais puro e genuíno envolvimento, aquela nula expectativa que se transforma em memória, situação que mantém viva a paixão pela sétima arte. E vamos com calma, tá pessoal? Não estou dizendo que Natal Sangrento é o meu novo Moulin Rouge, O Silêncio dos Inocentes, Tudo Sobre Minha Mãe, Central do Brasil, Instinto Selvagem ou um dos outros filmes do meu coração. Esse é apenas um relato poético de alguém que anda saturado do excesso de narrativas ficcionais que tudo prometem e nada entregam, pego de surpresa de forma repentina. E também, estamos no período natalino, né? Um pouco de emoção nunca é demais.









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