Filme retrata bastidores da sucessão papal com sensibilidade e realismo
- Rony Costa

- 9 de mai.
- 2 min de leitura
Drama da Netflix oferece visão humanizada sobre a transição entre Bento XVI e Francisco

O processo de escolha de um papa — envolto em tradição, sigilo e simbologia — costuma despertar a curiosidade até de quem não acompanha de perto os assuntos do Vaticano. O filme Dois Papas, disponível na Netflix, é uma das produções mais elogiadas sobre o tema, por equilibrar ficção e realidade ao retratar os bastidores da sucessão papal.
Lançado em 2019 e dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o longa se inspira em fatos reais para dramatizar o encontro entre o então papa Bento XVI (Anthony Hopkins) e o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio (Jonathan Pryce), que mais tarde se tornaria o papa Francisco. A trama explora os diálogos e conflitos entre duas visões distintas de Igreja — uma mais conservadora, outra mais progressista — durante um dos momentos mais delicados da história recente do catolicismo.
Embora não reproduza com exatidão todos os rituais do conclave, o filme apresenta ao público elementos importantes da escolha papal, como a votação secreta entre cardeais, a simbologia da fumaça branca e as tensões internas dentro do Colégio Cardinalício.
Dois Papas foi indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Jonathan Pryce), melhor ator coadjuvante (Anthony Hopkins) e melhor roteiro adaptado. Com diálogos afiados e momentos de leveza, a produção se destaca por humanizar figuras que costumam ser vistas apenas sob o peso da instituição que representam.








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