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Por onde anda? Nara Costa explica motivo de abandonar o arrocha
- Rony
- 10 de mai. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de mai.
Em entrevista descontraída, marcada por risos e lembranças, a cantora e compositora baiana Nara Costa relembra o início da carreira e compartilha momentos marcantes. Ouça o podcast completo ao final do texto.
Nascida em Salvador e criada em Candeias, Nara Costa começou a cantar aos 13 anos, antes de estourar nas paradas de sucesso com a música 'Arrocha'. Iniciou sua carreira cantando em barzinhos no Pelourinho e passou por algumas bandas de axé no interior do estado. Antes de cantar arrocha, Nara Costa participou de grupos folclóricos em Salvador, como a Quadrilha Junina Madeirada do Forró, a Cia de Danças e Folguedos, a Orquestra Afro-Baiana do Pelourinho e a Banda Didá. Tempos depois, aceitou o convite de um amigo para cantar o novo estilo da seresta, o 'arrocha', e decolou no mercado da música.
"Quando criança, todas as brincadeiras que a gente tinha no quintal era de trio elétrico e fazíamos o pé de goiaba de trio", disse em entrevista ao Portal 071 News. "Aos 13 anos fui convidada por um amigo de meu pai, que estava montando uma banda e aí ele pediu permissão ao meu pai", completou.
Foto 01 e 02 Orquestra Afro-Baiana do Pelourinho | Foto 03 1º show - Foto: Arquivo Pessoal
Quando o arrocha começou a ganhar força, no final dos anos 90 e início dos anos 2000, na cidade de Candeias existia apenas a Banda Asas Livres, fundada em 1986. A consagração do ritmo veio com o festival 'Reino do Arrocha', realizado pela rádio Tropical Sat, pertencente à Rede Bahia. Cerca de 100 mil pessoas compareceram ao Parque de Exposições para prestigiar o show das 'feras do arrocha', com nomes como Nara Costa, Pablo, Silvanno Salles, Tayrone, Márcio Moreno, Novo Ton, Asas Livres, Nira Guerreira, entre outros.
"Eu fui me apaixonando pelo movimento, trouxe para o arrocha todo meu repertório de MPB", contou.
Nara foi a primeira mulher do gênero arrocha a ganhar projeção nacional e a participar de programas importantes, como o 'Central da Periferia', 'Domingão do Faustão' e 'Fantástico', da TV Globo.
A cantora decidiu sair de Candeias para ficar mais perto da capital, na época em que estourou nas rádios mais populares da Bahia, em 2004. A forma descontraída com que aprendeu a lidar com os preconceitos também ajudou outros fãs.
"São 30 anos que eu tenho de música. Eu por ser gordinha, por ser negra, por ser mulher, eu venci", disse com orgulho de suas raízes.
Foto 01: Arquivo Pessoal | Foto 02 e 03 - Foto: Ronaldo Anunciação
No auge do sucesso, Nara Costa enfrentou um momento delicado com sua família em 2012. Foi em 2015 que a cantora decidiu abandonar de vez o arrocha, ritmo que a consagrou também como Rainha.
"Eu passei por um processo de tristeza muito grande, ali passei por lutas e dores emocionais. Foi quando eu tive um sonho e o Senhor se apresentou pra mim. E ali eu me converti, foi a melhor escolha que fiz na minha vida".
Foto 1: Benício Ribeiro | Foto 2 : Ronaldo Anunciação
Com muita fé, Nara Costa revela que, ao deixar o 'secular', se sente mais realizada. Quando questionada sobre se se considera uma cantora gospel, ela afirma que não se define dessa forma.
"Não, não me defino como cantora gospel. Eu me defino como uma "Serva de Deus", explicou.
Ao final da entrevista, Nara Costa deixou uma mensagem especial para seus fãs e interpretou um trecho de 'Quando Jesus Estendeu A Sua Mão', composição de Luiz de Carvalho e um dos clássicos da Harpa Cristã. Ouça a entrevista completa em nosso podcast.
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